Desta vez a companhia foi diferente, em vez de dois pares de sapatilhas, foram cinco. Mas a caminhada foi bem intensa!
Os Passadiços do Paiva ganharam um grande nome, ganharam ainda mais prémios e o desejo de ir lá era muito.
Para começar é necessário reservar, tem um custo de 1€ para adultos, a meu ver além de permitir manter a lotação adequada, é uma boa forma de angariar valor para a manutenção. Com os bilhetes comprados, surge o problema de trajetos lineares: se o ponto de partida e chegada não é o mesmo, temos um problema de transporte. Somos cinco, temos um carro, os Passadiços têm uma distância e 8km, se quisermos só fazer IDA, depois para voltar para o carro, ou ficamos à boleia, ou chamamos um táxi, ou a conclusão a que chegámos é que tínhamos de fazer o percurso de IDA e VOLTA, ou seja 16km, com muitas escadas pelo meio.
Escolhemos a entrada do Areinho e deixámos o carro no primeiro parque que encontrámos: duas asneiras! A entrada do Areinho é a que é só escadas, e haviam mais parques e mais lugares junto à entrada dos Passadiços. Andámos quase um quilómetro a descer até chegar a dita entrada - quilómetro que teríamos de subir para voltar até ao local onde estacionámos. Além deste contratempo, foi fácil dar com eles.
Já na Praia Fluvial bebemos e um café e arrancámos, escadas,
escadas e mais mais escadas, sempre a subir Meia hora e já tínhamos os 'bofes' de fora.Já lá cima, a direção mudou e
descemos, descemos, descemos e descemos, o meu pensamento era que no fim
dos dezasseis quilómetros, tinha de voltar a fazer esta parte.
Os
Passadiços em toda a sua extensão são mágicos, sempre coladinhos ao
rio, com paisagens de tirar o fôlego, e quedas de água que dão muito
jeito para refrescar. Têm uma ponte suspensa em cabos de aço que desafia
alguns limites, mas já há projeto para uma de vidro - tenho de lá
voltar nessa altura, definitivamente.
Fomos em
setembro, e estava um calor abrasador, nem quero imaginar se fossemos em
agosto. Os dias muitos quentes, na minha opinião não são bons dias
para o percurso, devida a sua intensidade e exposição solar.
Almoçámos
junto à entrada da Espiunca, umas bifanas bem servidas numa roulote,
descansámos e voltámos ao caminho. Parámos para nos refrescar numa queda
de água e fomos à ponte (a fila de pessoas era menor à tarde), fizemos
algumas pausas e chegámos à parte agreste, subir todos aqueles degraus. Nem
quero pensar muito sobre isso, era subir, sem olhar para trás e sem
parar, cada vez que parava as pernas já cediam. A vista é de tirar o
fôlego, mas a subida também!!
Não foi fácil, mas
valeu a pena. Foi bem divertido. Menos a parte em que tivemos de subir
tudo até ao carro, já não merecíamos essa parte.
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